Em termos de exportação de equipamento militar, os Estados Unidos favorecem a utilização de Vendas Militares Estrangeiras, ou FMS, um organismo que permite aos clientes da indústria de armamento dos EUA beneficiarem dos preços e dos quadros contratuais dos exércitos americanos, em vez de terem de negociar tudo. desses aspectos em cada contrato. Tal como na maioria dos países, as exportações de armas também estão sujeitas à autorização governamental do Departamento de Estado e do Congresso, muitas vezes também através do FMS. É neste quadro que a Indonésia acaba de se ver autorizada a adquirir até 36 caças pesados Boeing F-15EX bem como um conjunto exaustivo de peças, munições e equipamentos, tudo com um orçamento de 13 mil milhões de dólares. Note-se que o FMS assume quase sistematicamente pressupostos elevados em relação às autorizações de exportação, para não ter de reiniciar um novo procedimento por não ter conseguido integrar determinados equipamentos ou serviços, o que explica o montante muito elevado do envelope orçamental, que não deveria ser tomado literalmente.
Este anúncio surge apenas um dia depois da assinatura de um contrato histórico segundo o qual Jacarta se equipará com 42 aviões de combate Rafale F4, 6 dispositivos já encomendados. Contudo, esta não é, a priori, uma tentativa americana de inviabilizar o programa franco-indonésio. Na verdade, já passou mais de um ano desde que Jacarta anunciou a sua intenção de modernizar as suas forças aéreas equipando-se simultaneamente com Rafale F-15EX francês e americanos, este depois que os Estados Unidos recusaram a venda do F-35 no país. Neste contexto, o F-15EX não é de forma alguma considerado um concorrente do Rafale por Jacarta, mas como sistema de armas complementar às aeronaves francesas.
Por outro lado, a ordem de Rafale provavelmente esquecido, pelo menos por um tempo, A tentativa da Lockheed-Martin de oferecer seu F-16V como alternativa. É provável, nesta matéria, que Jacarta tenha favorecido o desempenho indiscutível do Rafale French, que o seu desejo de implementar uma estratégia não alinhada, mesmo que a ameaça americana de sanções da CAATSA acabasse por levar as autoridades indonésias a abandonar a encomenda de 11 caças pesados Su-35 para substituir os seus próprios Su-27 obsoletos.
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