Por muitos meses, o deputado de Eure e membro da comissão de Defesa da Assembleia Nacional Fabien Gouttefarde, pretende ser uma fonte de propostas para desenvolvimentos futuros nos programas de defesa franceses. Apesar de pertencer à República em março, não hesitou, por exemplo, em pleitear com insistência para que a Força Aérea e Espacial, mas também a Marinha Nacional, adquirissemuma versão de guerra eletrônica e supressão das defesas antiaéreas inimigas Rafale, e isso apesar o fim de não receber, aliás muito questionável, endereçado pelo Ministério das Forças Armadas a um dos seus colegas da oposição, Jean-Christophe Lagarde, que tinha feito publicamente esta mesma pergunta à Assembleia Nacional. Para além deste pedido, contra o qual é agora difícil contestar a decisão de Berlim de conceber um Typhoon ECR precisamente para esta missão, e a chegada de 6 EA-18G Growlers da Marinha dos EUA à Alemanha para reforçar a postura da NATO nesta área, o deputado francês apela também ao início do desenvolvimento de outros programas considerados urgentes, como um dispositivo móvel anti- sistema de defesa aérea baseado em Griffon, drones leves de combate, munições errantes, bem como um sétimo submarino de ataque nuclear, fortalecendo ao mesmo tempo a resiliência dos exércitos franceses ao restabelecer uma capacidade industrial para a produção de munições de pequeno calibre.
Mas uma das medidas propostas por Fabien Gouttefarde há alguns meses suscitou reações no mínimo perplexas, até mesmo hostis em círculos especializados. Com efeito, para o deputado francês, seria relevante transformar dois dos submarinos de mísseis balísticos de propulsão nuclear da classe Triomphant da Marinha Francesa, os mesmos que garantem a componente submarina da dissuasão francesa, em submarinos lançadores de mísseis nucleares de cruzeiro, como o que a Marinha dos EUA fez com 4 de seus SSBNs da classe Ohio no início dos anos 2000, substituindo os 24 mísseis balísticos intercontinentais Trident II que armavam o navio com 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk, de modo a ter uma capacidade de saturação convencional capaz de superar os mais defesas antiaéreas modernas do momento. Tal hipótese é interessante em mais de um aspecto, mas deve ser estudada e implementada de forma precisa e coordenada, de modo a efetivamente dotar as Forças Armadas francesas de valor agregado operacional compatível com o investimento necessário para a conversão e operação desses dois embarcações.
Em primeiro lugar, e como o eurodeputado afirma claramente, um programa deste tipo só pode ser considerado acompanhado de uma aceleração do programa 3G SSBN que deverá substituir os SSBNs da classe Triomphant até 2035, de modo a permitir que os dois primeiros navios que serão substituídos ter potencial de navegação suficiente por pelo menos dez anos, compatível com o investimento total estimado em € 1 bilhão para a conversão e reequipamento dos dois submarinos. Na verdade, não se trata de enfraquecer a postura de dissuasão francesa, além disso já subdimensionado, para adquirir capacidades convencionais que certamente são úteis, mas na melhor das hipóteses complementares às que já existem. Deve-se notar de passagem que o desempenho dos SSBNs da classe Triomphant, particularmente em termos de discrição acústica, será amplamente suficiente para um navio do tipo SSGN (submarino de mísseis guiados com propulsão nuclear) até 2045, e mesmo 2050, limite de idade possível para esses navios.
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