segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Joe Biden renuncia à doutrina do “No first use” para armas nucleares americanas

Se a doutrina do uso de armas nucleares nas democracias é um assunto altamente político, é claro que, durante cinquenta anos, isso mudou pouco, seja na França, na Grã-Bretanha como nos Estados Unidos. Durante a última campanha presidencial dos Estados Unidos, o candidato Joe Biden prometeu incorporar uma regra firme sobre o uso dessas armas caso fosse eleito, renunciando a elas a menos que fosse atacado por outras armas nucleares. E como havia muitos antes dele, Joe Biden finalmente desistiu de implementar tal doutrina, aderindo à doutrina muito tradicional de utilizar armas nucleares apenas se os interesses vitais dos Estados Unidos ou dos seus aliados estivessem em grave perigo, muito próximo do implementado pela França e pela Grã-Bretanha, mas também, pelo menos do ponto de vista de visão de armas estratégicas, pela Rússia.

A reversão de Joe Biden não era apenas previsível, mas esperada tanto pelo Pentágono quanto pelos EUA e pelo ecossistema estratégico aliado. De fato, prometer não fazer o “primeiro” uso de armas nucleares constitui um considerável enfraquecimento conceitual da postura de dissuasão, abrindo caminho para muitas estratégias potenciais de evasão. Além disso, constitui um aumento significativo do risco para alguns dos países aliados mais ameaçados, como os países da Europa de Leste que são membros da NATO, mas também a Coreia do Sul e o Japão, para os quais a proteção estratégica dos EUA constitui o pilar de proteção de soberania territorial e a postura de dissuasão contra Moscou, Pequim ou Pyongyang. De fato, em tal caso, Washington se absteria estritamente de usar armas nucleares contra um adversário, mesmo que este tivesse invadido o território de um aliado dos Estados Unidos, desde que este não usasse armas nucleares.

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Mísseis Tomahawk equipam os destróieres Arleigh Burke. O facto de estarem potencialmente armados com uma ogiva nuclear teria colocado problemas significativos no que diz respeito ao acesso destes navios a certos portos aliados.

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