Agora é oficial, o Rafale tem a preferência das autoridades colombianas para substituir hoje sua frota de caças armados por caças israelenses Kfir. Embora não se trate, a rigor, de uma encomenda de 16 novas aeronaves, a Colômbia está agora em negociações exclusivas com a Dassault Aviation e as autoridades francesas para lhe dar substância, depois de ter estimado publicamente que o Rafale era "a melhor opção para o país em termos de preço, eficiência e operabilidade", sendo 30% mais barato de usar do que o Kfir atualmente em serviço. Com esse provável sucesso, o Rafale ultrapassaria o número de aeronaves exportadas para o Mirage 2000 com 300 aeronaves contra 286, em 8 países para cada aeronave. No entanto, esse sucesso futuro é interessante muito além dos aspectos industriais, tecnológicos ou mesmo políticos, permitindo que a Dassault recupere sua posição na América do Sul. De fato, a aeronave francesa mais uma vez prevaleceu contra os dois caças monomotores "leves" no mercado ocidental, o sueco JAS-39 Gripen E/F e o americano F-16 Block 70/72+ Viper. .
Esta não é a primeira vez que o Rafale supera essas duas aeronaves, que são mais econômicas para comprar e, portanto, sensivelmente mais atraentes para forças aéreas médias, como é o caso da Colômbia. Em 2021, de facto, as autoridades croatas preferiram o Rafale F3R a estes dois aviões, apesar de uma oferta baseada em aviões franceses em segunda mão, face ao F-16V da Lockheed-Martin e ao Gripen C/D sueco, tendo a Saab preferiu apresentar esta versão menos avançada mas também menos dispendiosa para ganhar o argumento do preço. No mesmo campo, a Força Aérea Indiana pressionou para transformar o contrato MMCA 2, que inicialmente contemplava caças monomotores para substituir o MiG-21 Bison, a fim de abri-lo para os chamados caças "médios", como como o Rafale, mas também o Typhoon, permitindo inclusive a participação de caças pesados, como o F-15 e o Su-35. E esta competição que se resumia a uma oposição entre o Gripen e o F-21, um F-16V conhecido por questões de acordo industrial pré-existente, agora opõe dispositivos muito diferentes em termos de desempenho, mas também de preço.

Neste contexto, pode-se perguntar se o conceito de um caça leve como o F-16, o Mig-21 ou a família Mirage, que visava especificamente produzir aeronaves de combate de alto desempenho, mas econômicas, permitindo que a maioria das forças aéreas equipar-se com eles em número suficiente, não está destinado a desaparecer, em favor de uma nova geração de aeronaves mais pesadas, mais caras, mas também mais eficientes e seguras, e oferecendo capacidades operacionais significativamente maiores, como talvez o francês Rafale?
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