A tensão aumenta no Estreito de Ormuz com a apreensão de um petroleiro britânico pelo Irã

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Isso é o que chamamos de cenário de escalada... Na sexta-feira, 19 de julho, por volta das 16h, horário de Londres, o petroleiro sueco Stena Impero, com bandeira britânica, foi interceptado por unidades navais iranianas pertencentes aos Guardiões da Revolução, com a ajuda, ao que parece, de um helicóptero. A embarcação é oficialmente acusada por Teerão de ter atingido um barco de pesca, tendo sido abordada durante a “investigação”, tendo a sua tripulação sido mantida a bordo, segundo o comunicado da agência iraniana Isna, que não pode, no entanto, abster-se de felicitar as autoridades iranianas por terem cumprido a promessa feita de capturar navios britânicos na sequência o embarque do superpetroleiro Grace 1 pelas autoridades de Gibraltar.

Um segundo navio, o MV Mesdar, pertencente à britânica Norbulk Shipping UK, também foi abordado por unidades iranianas por incumprimento das regras antipoluição, mas a embarcação foi rapidamente autorizada a seguir a sua rota.

Obviamente, Londres não gostou da manobra iraniana, tendo o porta-voz do governo britânico anunciado que estava pronto para responder com firmeza se as condições de navegação no Estreito de Ormuz não voltassem rapidamente ao normal. O Ministro dos Negócios Estrangeiros e candidato a Primeiro-Ministro, Jeremy Hunt, acrescentou, no entanto, que, de momento, Londres não estava a considerar o uso da força militar e estava a favorecer os canais diplomáticos. Paris e Berlim juntaram-se à declaração do Reino Unido exigindo a libertação imediata do Stena Impero e o regresso do Irão à mesa de negociações para resolver esta diferença antes que a situação vá longe demais.

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Esta ação ocorreu poucas horas depois que o USS Boxer, um navio de assalto porta-helicópteros que navegava na área, anunciou abateu um drone iraniano que se aproximava demasiado, através da utilização de meios de guerra electrónica. Teerã, no entanto, negou ter perdido um drone ou mesmo ter implantado um na área. Também ocorre no momento em que as primeiras tropas dos EUA chegam à Arábia Saudita, a primeira desde 2003, um destacamento após o anúncio do fortalecimento da presença americana na área pelo Presidente D. Trump.

A rápida libertação do MV Mesdar, bem como a tentativa de envolver a abordagem do Stena Impero num quadro jurídico plausível (embora negado pelo armador), mostram que Teerão está a tentar manter o controlo da situação abaixo do limiar do conflito. Os apelos lançados pelas capitais europeias, mas também por Moscovo (cujos cidadãos pertencem à tripulação do Stena Impero), deverão levar as autoridades iranianas a uma maior moderação. Resta saber se estas tentativas de apaziguamento darão frutos….

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