Pilotar uma aeronave de combate é, sem dúvida, uma “profissão arriscada”. Mas se todos os pilotos aceitam ter de colocar a vida em risco durante as missões de combate, bem como o risco inevitável de acidentes, poucos sabem que esta profissão os expõe a um risco acrescido de desenvolver certos cancros, como o cancro da próstata, o cancro testicular ou melanoma. Isto é o que emerge de uma estudo realizado nos Estados Unidos com todo o pessoal de pilotos e navegadores tendo completado mais de 100 horas de voo em uma aeronave armada entre 1970 e 2004 pelo 711º Esquadrão de Desempenho Humano do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, e cujas conclusões são sem dúvida problemáticas.
De facto, durante este período, os 34,679 tripulantes de voo que satisfaziam os critérios acima tinham uma probabilidade adicional de 29% de desenvolver cancro testicular, 24% de desenvolver melanoma e 23% de probabilidade adicional, ou melhor, de azar, de desenvolver cancro da próstata do que os 411,998 tripulantes aéreos dos EUA. Oficiais da Força que serviram nesse mesmo período e que não pertenciam a esta categoria. Os riscos são ainda maiores do que a média da população para estes 3 tipos de cancro, embora as tripulações de voo geralmente tenham um estilo de vida muito melhor do que o americano médio. Este estudo exige agora um estudo causal, para determinar as razões desta sobre-exposição a certos tipos de cancro (e não a outros, como o cancro cerebral, por exemplo), como pode ser o caso, por exemplo, da sobre-exposição à radiação ultravioleta em altitudes elevadas ou à radiação eletromagnética produzida por sistemas de bordo, como radares, rádios ou sistemas de interferência.
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