« Independência de Taiwan significa guerra“. É nestes termos muito inequívocos que Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa da República Popular da China, concluiu esta sexta-feira, 29 de janeiro, um briefing à imprensa chinesa sobre as repetidas manobras e exercícios levados a cabo pelo Movimento de Libertação Popular da China. Exército, suas forças aéreas e navais, na Passagem de Taiwan e no Mar da China nos últimos dias. E para especificar que enquanto o DDP, o partido independentista no poder desde 2016 na ilha, continuar a recusar a reintegração de Taiwan na China, as tensões com Taipei e os seus aliados aumentarão.
Esta declaração marca um novo limiar na semântica de Pequim em relação a Taiwan, mas também na sua postura militar. A partir de agora, todos os meses, embora seja óbvio que os próprios taiwaneses são, na sua maioria, hostis a um regresso ao rebanho de Pequim, Autoridades chinesas movem cursor de ameaça, de modo a manter sempre sob controlo tanto as aspirações da população da ilha de declarar oficialmente a sua independência, como o seu possível apoio externo, nomeadamente dos Estados Unidos. Mas o que é apresentado pelas autoridades chinesas como uma resposta a provocações, ora vindas de Taipei, ora dos Estados Unidos ou do Ocidente, acaba por ser na realidade uma estratégia aplicada metodicamente por Xi Jinping desde a sua subida ao poder em 2013.
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